Iticons
Contexto
Tudo nasceu com a necessidade de dar mais destaque a seção de perfil no aplicativo, pois tínhamos dados que mostravam que os usuários não a acessavam com facilidade. Entretanto, queríamos testar uma solução que não alterasse drasticamente a estrutura da tela inicial. Então, eu como UX Designer ao lado da minha par de UI, buscamos uma ideia simples de implementar, mas que fosse mais atraente do que simplesmente exibir as iniciais do nome do usuário como era o padrão do Itaú.
Solução visual
Assim, juntamente com branding, o time de UI criou avatares que utilizavam dos grafismos já existentes no app para representar formas e silhuetas que se assemelhavam à pessoas.
Acessibilidade
Por mais que a solução atendesse e solucionasse o problema, após terminar de desenhar o fluxo e ao começar a especificação de acessibilidade, percebi que havíamos criado um novo problema. Os avatares faziam sentido para quem os via, mas como seria lido por leitores de tela?
Teste com pessoas com cegueira
Na época, eu era dona de uma loja de brincos de cerâmica plástica, e comecei a estudar sobre arte para pessoas com cegueira. Comecei a me aprofundar sobre arte tátil, e vi que era possível recriar os avatares com cerâmica fria.
O teste tátil foi feito com 4 perguntas:
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Descrição abrangente do que estava sendo sentido;
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Descrição da parte que mais chamou atenção;
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Assimilação com formas, sentimentos ou pessoas/personagens;
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Descrição de forma sucinta.
Resultados
Entendemos que os iticons não devem despertar a criatividade somente de quem os vê, mas de todos. Dessa forma, a descrição feita por eles traz apenas um elemento de maior importância, estimulando assim outros sentidos cognitivos de criatividade além da visão.
O acesso ao perfil aumentou 15% após dois meses de lançamento da foto de perfil e iticons.
De todos os usuários que acessam o fluxo de "alterar foto de perfil", 77% opta por deixar o iticon, ou escolhem por um outro.
Apenas 23% opta por colocar uma foto da biblioteca ou tirar uma foto com a câmera.